30 julho 2013

SESI

E aí, beleza? Chega de textos polêmicos por enquanto. Quero voltar às idiotices de sempre. Nesse texto vou contar a minha triste vida escolar. Acho que todo mundo passou por algo difícil na escola, mas tenho quase certeza de que não foi nada parecido com o que eu passei.

Eu estudei muitos anos no SESI. Estudei lá até os 14 anos. E lá, sério mesmo, tinha muito, mas muito vi... homossexuais. Vocês agora devem estar imaginando o que aconteceu comigo... e não, não foi nada tão pesado assim (se fosse o que vocês estão pensando, e pelo tempo que eu estudei lá, hoje eu não estaria aqui sentado escrevendo isso). E durante todo esse tempo que eu estudei lá, eu tentava imaginar – não sei se vocês sabem, mas os pais que trabalham em indústrias tem desconto no SESI – qual a relação entre o pai trabalhar na indústria e o filho ser gay. Será que o pai chega em casa falando que passou o dia segurando a marreta, e aí o filho quer fazer o mesmo na escola? Que passou o dia enfiando a arruela no parafuso... Que gastou a rosca... Acho que já entenderam, né? Desculpa!

Tinha muito gay no SESI, não estou exagerando. Tinha tanto homossexual, que na hora da saída, se tivesse engarrafamento, não teria diferença nenhuma com a parada gay. “Tá bom, mas qual o problema nisso?”, você deve está pensando. O problema é que quem não era gay, tipo eu e mais poucos amigos, sofria bullying. Isso mesmo: heterofobia. Os viados davam tapas na nossa cabeça... colocavam o pé pra gente tropeçar... quando a gente passava, eles davam risinhos e falam entre eles “olha lá os moleque andando igual a uns homenzinho”. Eu lembro de uma vez que pegaram um moleque vendo playboy... tsc tsc... ele teve que mudar de escola. Quando eu chegava atrasado, eu ia arrastando as costas na parede da sala até chegar ao meu lugar. Eu sofria muito bullying.

Quando eu passei no IFES, veio um monte de gente me parabenizar falando “parabéns! Você é muito inteligente. Você vai ter um futuro melhor agora!”, mas quando eu passei no IFES, não foi porque eu queria um futuro melhor pra mim, foi porque eu não queria ser comido!!! E eu nem sou tão inteligente assim: é que na hora da prova eu me imaginei voltando para o SESI e sendo enrabado. As imagens vinham em flashes na minha mente. Em cada flash, uma posição diferente. (Me desculpe pelo que você está imaginando agora. Estou com um pouco de vergonha agora? Estou, mas resolvi escrever besteiras em um blog, então...). Essas cenas na minha cabeça aumentaram minha adrenalina. Algumas pessoas ficam mais fortes, eu fiquei mais inteligente. Se eu fizer a prova com Kid Bengala do meu lado, eu acho que eu passo no ITA.

Tinha muito gay. No banheiro do SESI, tinha pichado: “escrevi e tá doendo. Pau no cu de quem tá escrevendo”. Tinha muito mesmo. Na educação física, quando o outro hétero não faltava, dava pra jogar gol-a-gol. De novo, tinha muito gay. Eu lembro de uma vez que deu muita polêmica na escola: proibiram de ir de saia curtinha... já pras meninas, proibiram ir de calça jeans. Isso deu muita confusão. Eu sofria muito bullying dos viados, e aí, pra me vingar, eu desenhava buceta nas cadeiras.

Observações finais:
- Professor Xavier dos X-Men é bem inteligente. Mas acho que ele passou do nível da imaginação... por isso a cadeira de rodas. :)
- Um amigo que estudou em outro SESI disse que o pessoal lá é racista. Olha que legal: os SESI’s são temáticos. Deve ter um xenofóbico, outro fascista...
- Vou escrever a segunda parte comentando outras coisas.

Se você conhece algum outro SESI, ou quer falar qualquer coisa: comenta aí.